"Sabe-se, porém, que educar um filho normal ou especial exige dos pais a mesma dose de instinto e preparo, de arte e técnica. O filho especial necessitará certamente, na maioria dos casos, de uma dose maior de dedicação. Criar um filho é tão prazeroso e perigoso como pilotar um avião. Com o filho normal a criação pode ser feita em “piloto automático”, ele vai quase sozinho...Já a criança especial exige um vôo manual, é preciso estar sempre observando a altitude, controlando os instrumentos, acelerando os motores, etc. O trabalho e a preocupação são tantos que às vezes o piloto até se esquece de apreciar a viagem e a paisagem.
Mas, para aqueles que conseguem vencer as mais do que compreensíveis dificuldades iniciais, muitas alegrias estão reservadas. Quem tiver olhos de ver, coração de sentir, será capaz de interagir com muita alegria com seu filho especial.
Interação obviamente é um relacionamento de mão-dupla, no qual participantes se relacionam e se modificam mutuamente. Todos dão, recebem e se transformam, crescem e amadurecem. Apesar de todas as frustrações e dificuldades, criar um filho, especial ou não, é uma das mais enriquecedoras experiências de vida que alguém pode ter.
Contudo, nós profissionais da área de saúde, muitas vezes nos deparamos às voltas com sentimentos de onipotência que aprendemos a desenvolver e valorizar durante a faculdade, sentimo-nos extremamente frustrados ao ter de lidar com problemas para os quais muitas vezes não há cura nem tratamento. Mas nem só de curas e tratamentos são feitas as profissões ligadas à saúde.
Ao seguir esses simples passos que visam a minimizar a dor de quem recebe uma notícia indesejada, como a de um filho especial a caminho, o profissional de saúde estará fazendo muito. Pois, como disse Hipócrates, ser um profissional de saúde é praticar “a arte da cura a poucos, aliviar a muitos e consolar a todos”.
Contudo, nós profissionais da área de saúde, muitas vezes nos deparamos às voltas com sentimentos de onipotência que aprendemos a desenvolver e valorizar durante a faculdade, sentimo-nos extremamente frustrados ao ter de lidar com problemas para os quais muitas vezes não há cura nem tratamento. Mas nem só de curas e tratamentos são feitas as profissões ligadas à saúde.
Ao seguir esses simples passos que visam a minimizar a dor de quem recebe uma notícia indesejada, como a de um filho especial a caminho, o profissional de saúde estará fazendo muito. Pois, como disse Hipócrates, ser um profissional de saúde é praticar “a arte da cura a poucos, aliviar a muitos e consolar a todos”.
(Fonte: A Criança Especial – Ruy do Amaral Pupo Filho – páginas 5 e 6 – Ed. Roca, 2003)
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O texto que coloquei acima, usei como conclusão de um trabalho que fiz durante este fim de semana sobre o Desenvolvimento Neuropsicomotor da Criança de 0 a 6 anos. Geralmente eu mesma escrevo as conclusões, mas achei que o texto fecharia o trabalho com "chave de ouro".
Minha paixão por crianças é evidente e, de longa data. Adoro estes seres verdadeiramente puros, e esta minha adoração cresce a cada aula de pediatria. Já, a admiração por crianças especiais foi despertada há uns 3 anos atrás, por conviver com alguém que trabalhava com elas.
Mas hoje, com as aulas de neurologia associadas à pediatria e, ambas ainda sendo associadas ao papel da fisioterapia, confesso que meu amor se torna ainda maior.
Por isso, resolvi colocar este texto aqui no blog, pois, ter filhos é um dos grandes sonhos que tenho na vida, se eles serão ou não especiais só caberá a Deus resolver, mas de qualquer forma serão amados verdadeiramente.
Aqui deixo minha total admiração aos pais de crianças especiais, que souberam ver a grande dádiva que é ter um filho, independente da sua capacidade intelectual, motora ou social e, aos profissionais que proporcionam melhor qualidade de vida a esses seres realmente iluminados.
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