Mais ou Menos, NÃO!

E do nada, surge ele. Aquele cara que você não esperou, não planejou, mas apareceu.

O coração volta a bater mais forte, o frio na barriga começa a fazer parte do seu cotidiano, seu celular fica sempre à mão, tipo “síndrome do telefone tocante”. Tua cara de alegria ao receber uma mensagem é sempre nítida, assim como sua cara de decepção ao ver que a mensagem era da operadora e não dele.

Você se esforça, fica arredia e depois acaba se entregando, pois já não há outra saída e, mesmo se houvesse, você não iria querer sair, pelo menos não de perto dele. Você se envolve!!

Com o passar dos dias a menina arredia vai perdendo espaço para uma docilidade, uma saudade – mesmo que você tenha saído do apartamento dele há 10 minutos – e quando vê está apaixonada. Ele percebe, talvez até goste, mas não sabe lidar com isso ou sabe e não quer.

Um dia, em meio a uma conversa por MSN, ele diz que tudo tem que ser dosado, equilibrado, sem saudade demais e sem excessos. Teu desapontamento é notável, mas pelo MSN dá para disfarçar. A conversa pára e os auto-questionamentos são inevitáveis.

Comigo, até haja meio termo no trabalho e em algumas situações, mas gostar mais ou menos, querer estar junto mais ou menos, ter saudade mais ou menos, estar apaixonada mais ou menos, definitivamente não faz parte do contexto de vida escolhido por mim. Não sei ser mais ou menos. Desculpe, mas ser 8 ou 80 tem dessas coisas.

Assim como meu leite com Nescau deve estar super gelado ou pelando, minha vida também.

Ter que diminuir meus sentimentos para poder continuar ao lado de alguém, me faz pensar que devo mesmo é seguir sozinha. Ser intensa e sincera, faz você correr o risco de ter que diminuir seus sentimentos, disfarçar, para que ele, aquele mesmo cara do início, queira continuar ao seu lado. Mas ser MAIS ou ser MENOS depende do que você escolhe.

Paola Soares