Assistindo “A
Culpa é das Estrelas” (do livro de John Green), onde dois jovens com câncer se
apaixonam, em meio a tanto choro e risada, me peguei pensando em várias coisas.
Sabemos que
câncer é uma doença temida por todos, praticamente uma sentença da morte e, na
maioria das vezes nos faz morrer um pouco por dia. E, durante o filme, foi esta
a pergunta que fiz: Qual é seu câncer? O que te faz morrer um pouco a cada dia?
Seu câncer
pode ser um coração partido, um sorriso nos lábios e uma dor terrível no
coração. Pode ser a perda de alguém, uma saudade que lateja todos os dias.
Seu câncer
pode ser aquele filho que chega drogado em casa, aquele marido que só fica no
bar. Pode ser a depressão que te corrói.
Câncer
geralmente não dói, mas quando está em estágio avançado dilacera, lateja,
entristece, deixa sem forças. Então eu te pergunto: O que tem tirado de você a
vontade de viver seus dias? O que tem feito você pensar que não dá mais?
A verdade é
que esse teu câncer dói, mas a dor tem que ser sentida até a última gota, pois
nesse caso não tem quimioterapia ou morfina que dê jeito. Todos os dias você sabe
que morre um pouco mais e têm dias que a dor é pior. Têm dias que são
insuportáveis e sabe por quê? Porque esse câncer não é físico, ele faz você morrer
um pouco por dia e, ainda assim, continuar vivendo. Sim! O coração partido vai
ficar lá, o sorriso vai continuar nos lábios enquanto a dor está no coração, o
seu filho vai continuar se drogrando e seu marido no bar, pois essas decisões
não são suas.
E, assim,
morremos um pouco ou um bom tanto por dia na esperança da cura.
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